Feito de castas antigas de vinhas muito velhas situadas nos arredores da aldeia do Reguengo, na Serra de S. Mamede. São 8 as variedade autóctones misturadas, onde se pode indicar algum domínio varietal: Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez, Castelão. Estas vinhas foram plantadas nos primeiros anos do século XX. A altitude varia entre os 500 e os 720 metros.
As produções por cepa são muito baixas e apenas 1.150 garrafas foram elaboradas. Um terço das uvas foram colocadas inteiras dentro de uma cuba de cimento. O resto da colheita foi esmagada e desengaçada. Seguiram-se cerca de 3 semanas de fermentação e maceração. No final, o vinho foi trasfegado para 4 barricas bordalesas de carvalho, muito velhas, onde fez a fermentação maloláctica e o estágio de 19 meses até ser engarrafado, sem ser colado ou filtrado.
No visual, o vinho é de cor vermelho-rubi, com leve transparência. No nariz, os aromas são exóticos, com notas de lavanda, morango, rosas vermelhas, couro, fumados, canela e herbáceos.
Na boca, é um vinho seco, com taninos firmes, frutado, vibrante e de ótimo corpo. Boa permanência, com retrogosto de frutas vermelhas.
Um corte de campo com múltiplas variedades ancestrais de um vinhedo antigo e muito pequeno, localizado na Serra de São Mamede. Algumas variedades foram identificadas como dominantes - Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez, Castelão, Tinta de Olho Branco e Grand Noir - mas o corte se completa com outras variedades, como Moreto, Tinta Grossa, Corropio, Tinta Francesa, Tinta Carvalha, Moscatel Preto, dentre outras.
O solo é muito antigo e o rendimento é muito baixo, com a elaboração de apenas 1.737 garrafas.
O vinho é elaborado com pisa a pé em antigos lagares e fermentado com leveduras indígenas. É então transferido para antigos toneis de carvalho francês de 500 litros, onde permanece maturando por quase 2 anos.
O resultado desse processo caprichoso é este vinho de cor vermelho-rubi escuro e intransponível.
No nariz complexo, aparecem aromas deliciosos de baunilha, morango, caramelo, chocolate ao leite, noz-moscada, couro, figada e notas resinadas.
A boca é vigorosa, de um vinho seco, encorpado, exuberante, com acidez equilibrada e taninos refinados. A permanência é longa, deixando um retrogosto de chocolate.
Em resumo, um vinho surpreendente, resultado de uma cornucópia de mais de 12 castas, a maioria delas ilustres desconhecidas dos apreciadores.
Um vinho de cor citrina brilhante. No nariz é limpo, frutado e bastante floral, com notas de mel, pêssego e rosas brancas.
Na boca, a entrada é fresca, mineral e bastante aromática, com notas amendoadas. Bom equilíbrio entre a estrutura e a acidez, apresentando fruta muito saborosa, com notas de damasco e banana madura. Vinho bastante agradável.
Beba como aperitivo ou harmonizando com frutos do mar grelhados ou com queijo de cabra.
Elaborado com uvas provenientes de vinhedos de 25 a 30 anos, é um vinho com estrutura, elegância e frescor, que garantem um bom potencial de evolução em garrafa.
A cor é vermelha, profunda, com reflexos violáceos. No nariz elegante, surgem as ameixas pretas bem maduras, acompanhadas de violeta e caramelo.
A boca é muito saborosa, o ataque é vigoroso, robusto mas muito muito aveludado, quase mastigável. Os taninos são equilibrados e o final é fino e longo, com retrogosto frutado. A madeira é muito bem integrada, deixando a fruta dominar o conjunto, o que dá elegância, complexidade e grande equilíbrio ao vinho.
Um grande vinho, pronto para se beber agora, mas que poderá ser guardado por pelo menos mais 6 anos. Sirva a 18ºC.
Feito a partir de várias pequenas vinhas centenárias situadas na freguesia do Reguengo, no Parque Natural da Serra de S. Mamede. As altitudes das vinhas variam entre os 550 e os 735 metros. O solo é granito muito antigo.
A produção é muito baixa e apenas 2943 garrafas numeradas foram produzidas. A cornucópia de mais de 11 castas que constituem o seu corte torna o vinho insólito, complexo e delicioso.
Um vinho poderoso com 14% de álcool, de cor amarelo-ouro brilhante.
No nariz surpreendente, com incontáveis camadas, aparecem aromas de grapefruit, pólvora, mel, lichia, anis, frutas secas e baunilha acompanhados de marcante mineralidade.
Na boca é um vinho seco, de ótimo corpo, deliciosa acidez, untuoso e de muita garra e sabor. O final é longo, com retrogosto de frutas de caroço.
Um vinho excelente para acompanhar frutos do mar grelhados ou um bacalhau às natas.
Elaborado de plantas centenárias existentes numa vinha situada na freguesia do Reguengo da Serra de S. Mamede. Não se consegue determinar a dominância de nenhuma casta. São cerca de 14 castas diferentes, insólitas e raras de uma seleção massal feita até início do século XX.
A exposição da vinha é nascente e a altitude é de 598 metros, com solos de origem granítica antiga. A produção é muito baixa com apenas 2.540 garrafas numeradas.
As uvas sãs foram colhidas em caixas de 14 quilos. Na adega foram esmagadas e prensadas e o mosto decantou naturalmente durante 48 horas. A fermentação com leveduras naturais decorreu em 5 barricas usadas e num tonel de 1.000 litros novo de carvalho até final de agosto. Foi engarrafado sem colagem e com ligeira filtragem.
No visual é um vinho de cor amarela com reflexos dourados, bem límpido.
No olfato, surgem os aromas cítricos, de amêndoas, fumados, abacaxi, flores brancas e atordoante mineralidade.
Na boca é pura seda, com corpo de médio a cheio, cremoso e amanteigado, com ótima acidez, bem estruturado, profundamente fino, com um final longo e acolhedor.