A Casa Charles Ellner é, e sempre foi, um negócio familiar. Ao final do século XIX, Charles Ellner trabalhava como "remueur" (aquele que gira as garrafas de Champagne) na Casa Moët, quando começou a comprar pequenos vinhedos em diversas vilas da região. E foi em 1905 que ele lançou sem primeiro Champagne com rótulo próprio. No entre-guerras, seu filho Pierre impulsionou o negócio.
Atualmente, a Casa é comandada por Jean-Pierre Ellner, da quarta geração, e possui 50 hectares de vinhedos, localizados em mais de 15 vilas. Classificada como "Négociant-Manipulant", produz cerca de 1,3 milhões de garrafas/ano, das quais 75% são destinadas à exportação.
Nenhum de seus vinhos passa por fermentação malolática, para preservar o frescor e a elegância.
A pintura que inspira seus icônicos rótulos, exposta na própria Casa, sofreu um acidente há muitas décadas e a identidade de seu artista foi perdida.
Este Charles Ellner Grande Reserve Brut exibe uma cor atraente, antecipando a intensidade do corte. Com no mínimo 60 meses de autólise, seu refinado perlage traz borbulhas minúsculas e abundantes.
Os inebriantes aromas trazem notas de damasco seco, compota de maçã, jasmim, tostados e muita mineralidade.
Na boca é bastante crocante, com acidez aguda, estrutura carnuda, deliciosamente equilibrado, requintado e elegante. Sua permanência inacabável deixa notas de baunilha no retrogosto. Com 10g/l de açúcar residual, posiciona-se no espectro seco dos Champagnes.
Um estilo sedutor onde a Pinot Noir empresta a estrutura que fica em perfeita simbiose com a majestade da Chardonnay.
Um vinho opulento, delicioso agora, mas com capacidade de evoluir de forma soberba por pelo menos mais 8 anos.